1. Amigos!

    segunda-feira, 25 de junho de 2012

    “-Vamos pedir uma?”- E para bom entendedor, meia palavra basta. Uma Skol, geralmente, bem gelada. Uma para refrescar, ignorar o calor. Uma para esquecer a prova de cálculo ou de clássicos na próxima semana. Uma para esquecer que brigou com o namorado, ou para esquecer que ainda não tem namorado. Uma para contar histórias e dividir experiências. Uma para lembrar, do mês passado, do ano passado ou da vida passada. Uma para rir de piadas – até as sem graça. Uma para desinibir e falar de assuntos proibidos que só as mulheres sabem discutir. Uma para comemorar a quinta-feira, o sábado, ou até a segunda. Uma para fofocar e falar mal daqueles que não tem o privilégio de se sentar conosco. Uma para várias de nós. Todas dividindo uma, duas...ou quantas pudermos aguentar!"





    Não sei se é o clima de começo de férias (só mais uma semana e um trabalho pela frente!), mas ultimamente dois sentimentos parecem ter tomado conta de mim: saudade e esperança. Saudade, pois quando entrei na faculdade e voltei para São Paulo como sempre quis, deixei pra trás, em uma cidadezinha do interior que nunca significou nada pra mim, momentos e companheirismos inesquecíveis. Alguns dos personagens principais desses momentos estão geograficamente perto, mas nada é como antes. Sinto falta de tardes de conversas, das noites dormidas em seis (onde coubesse, lá estávamos), jantas na casa das amigas, rodízios de pizza no Barello ou lanches do Mingo. Começo, agora, a entender porquê sempre me disseram que sentiria falta do ensino médio. Ou melhor, quase entendo. Não é o ensino médio que faz falta, são os amigos. E bom, amigos não estão presos ao chão, ainda bem. Podemos nos encontrar sempre que a vida der uma brecha.
    Conheci muitas pessoas importantes desde que entrei na faculdade. Poderia dizer até que ganhei um amigo para cada um que deixei "pra trás". Troquei idas à praça da cidade por sextas na Augusta. Jantas, por dias inteiros na casa da amiga. Mesmo sabendo da loucura que é São Paulo, amigo é assim: se encontra. 
    Encontra-se um amigo mesmo que ele não goste das mesmas músicas que você, ou prefira aquela matéria que você acha um porre. Amizade também é encontrar-se nas diferenças.
    Nessas férias, espero encontrar todos os meus amigos perdidos pelo mundo!


    Vejo vocês por aí.
    Isa.


  2. Dia dos namorados, claro!

    terça-feira, 12 de junho de 2012


    "Quem ama mergulha em hipnose regressiva, firmamos um código de quietude e cumplicidade, de zelo e compromisso."
      Fabrício Carpinejar

    Trecho do texto 'Carta para minha namorada' no blog do autor.

    Não lembro muito bem do nosso primeiro dia dos namorados, mas tenho quase certeza de que passamos presos com a minha família em um sítio do fim do mundo. Ou nem nos vimos, afinal, nós ainda estávamos dividos por 300km ou 3 horas de viagem. No fim, não faz muita diferença. Tenho certeza de que colecionamos bons momentos juntos e esperamos pelos novos..



    Não importa o que dizem, dia dos namorados é sobre lembrar que podemos quebrar a rotina por um dia e comtemplar a companhia do outro. Quando se ama, aliás, a vontade é fazer isso todo dia.


    Feliz dia dos namorados.



    Ps. Ano passado fiz um post aqui sobre o dia dos namorados, caso queiram ler!

  3. Ao vivo!

    terça-feira, 5 de junho de 2012

    Primeiro post de verdade no novo blog e me sinto na obrigação de falar sobre uma coisa que tenho notado há algum tempo sobre mim: minha maneira de procurar (e, as vezes, achar) aquela sensação de renovação que um banho demorado de banheira ou um mergulho no mar (adoro!) podem provocar: sentimento de descartar todas as energias ruins e se encher das boas! Enquanto alguns acham esse sentimento em igrejas - lugar que não frequento, mas não condeno -, clubes, praias... eu sou daqueles que o encontram em... shows!
    Não há dúvida: há pouquíssimas situações que conseguem me proporcionar sentimento parecido com o que sinto em um show de uma banda que gosto (nem preciso ser fã!). O motivo eu definitivamente não sei, mas nem preciso. A sensação é tão boa que não merece ser explicada. O importante é que decidi (eu comigo mesma) que esse ano meu lema seria exatamente esse: show. E pretendo levar a sério.


    Dia 11 de Maio fui no show (talvez) mais esperado por mim há muito tempo. A banda? The Kooks. Grupo britânico que faz o típico rock-inglês-meio-pop (denominação criada por mim e sem nenhum embasamento teórico) e que embala minha vida há mais de 3 anos. Muito tempo de ouvinte assídua da banda e até aquele dia, nenhum show. Foi bonito. O show, em si, não é um espetáculo. Na teoria, seria só uma banda, reproduzindo suas músicas para a multidão que paga R$200 para ouví-las. Na prática, é incrivelmente melhor que isso. Ainda bem!


    Já no dia 30 de Maio, foi a vez de presenciar uma situação inédita e talvez única na história da música. A convite da MTV, Wagner Moura junta-se com Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá a fim de homenagear a tão aclamada banda Legião Urbana em um Tributo.  As criticas ao ator foram inúmeras, assim como à produção do show em geral (problemas com microfone, instrumentos e etc). De verdade? Não tenho palavras. Só quem estava lá sabe como foi. Foram 25 músicas de pura emoção, suor e felicidade. Legião Urbana formou mesmo, com o perdão do trocadilho, uma legião de fãs que mesmo não podendo ver o principal ídolo, Renato Russo, cantou cada música como se essas fossem feitas especialmente para cada um de nós. O maior fã e aquele que mais se emocionou, estava no palco dançando e "endoidando" como a ocasião pedia. Valeu a pena.


    Na mesma semana, na sexta-feira dia 01 de Junho, era a vez de encontrar talvez pela última vez, a banda que de uns tempos pra cá se tornou a minha preferida: Los Hermanos (sim, sou dessas que gosta de bandas depois que eles resolvem parar!). Nessas ocasiões, percebemos como os integrantes da banda gostam de tocar juntos  mesmo separados desde 2007. Amarante, com seu jeito todo rock star meio-bebado, derrubou long neck de cerveja no meio do show, desceu do palco e abraçou fãs. Camelo, meu preferido, apesar de ser um dos mais tímidos, estava visivelmente feliz e na minha opinião foi o que mais curtiu o show. Até sexta-feira, não tinha perebido como o Barba é sorridente, e como ele se diverte com as bobeiras do Amarante durante o show. Bruno Medina, todo sério, representa bem o tipo integrante-empresário da banda e é por meio das palavras dele que ficamos sabendo as novidades.
    Todas as músicas foram tocadas de uma forma muito espontanea e deixando claro como aquele não era só um show, era uma festa! A melhor música, pra mim foi "Tenha dó!", que mesmo sendo do primeiro cd (não considerado um dos melhores) e não sendo uma das minhas preferidas, levantou até o mais monótono dos fãs. E festa que foi, teve seus imprevistos. A acústica do Espaço das Américas não é das melhores, e o Amarante começando antecipadamente uma música e ainda praguejando: Vamos, vamos, po!

    É difícil dizer o que se sente quando finalmente conseguimos ouvir todas as músicas que ouvimos em casa, ao vivo, ao lado de milhares de pessoas que também gostam dessas músicas. Aliás, músicas essas que depois do tão esperado show, não saem da cabeça nem por um milagre. É difícil não chorar nas músicas preferidas, não se emocionar ao ouvir milhares de vozes acompanhando a mesma melodia. Cantá-las, naquele momento, significa muito mais do que no chuveiro ou no quarto. Cada palavra sai como um desabafo e um novo sentido cria-se dentro de nós para cada uma delas.