De repente, entre a Paulista e a República:
"Espero que a leitura seja boa!" disse ele.
E deu um sorriso envergonhado, de quem foi pego cometendo um dos crimes mais graves: intrometer-se na leitura do outro. Mas ela não ligou. Aproveitou para fazer o mesmo.
Os olhos se cruzaram. Um olhar envergonhado mas de cumplicidade, de quem insiste em encontrar escapatória, mesmo que a voz ao fundo insista em anunciar a próxima estação.
"Obrigada! A sua também."
Tem coisa mais sincera pra se desejar a alguém?
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Entre a Paulista e a República.
sábado, 19 de dezembro de 2015
Postado por Isabela Martinez Milanezzi às 20:34 | 0 comentários | Enviar por e-mail Postar no blog! Compartilhar no X Compartilhar no Facebook |
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Minha verdade espantada!
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
“Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. Quanto a mim, assumo a minha solidão”.
Clarice Lispector, em 'Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres' 1969.Postado por Isabela Martinez Milanezzi às 23:30 | 0 comentários | Enviar por e-mail Postar no blog! Compartilhar no X Compartilhar no Facebook |